Todas as Construtoras, Um Só Corretor!
Imóveis residenciais valorizaram acima da inflação nos últimos 12 meses
Imóveis residenciais valorizaram acima da inflação nos últimos 12 meses. Conforme apuração mais recente, realizada em julho, o Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) está acumulado em 15,61%. O percentual é superior ao verificado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período, que foi de 10,07%.
O IGMI-R é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Já o IPCA, considerado a inflação oficial do país, é apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A valorização dos imóveis é justificada pelo setor por conta do aumento da oferta e da demanda no período analisado. Em São Paulo, maior mercado imobiliário do país, os números ilustram a realidade.
Quem decidiu comprar apartamento em São Paulo encontrou uma oferta maior de imóveis nos últimos 12 meses. O total de lançamentos realizados entre agosto de 2021 e julho de 2022 foi de 84.247, correspondendo a um aumento de 3% em relação ao período anterior, entre agosto de 2020 e julho de 2021.
Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), que também identificou aumento da demanda no período. Nos últimos 12 meses, foram vendidas 69.647 unidades residenciais na capital paulista — número 6,4% maior que o verificado anteriormente.
Reflexos da pandemia
O aquecimento do mercado imobiliário é visto como um reflexo da pandemia de Covid-19. Com o isolamento social, as pessoas ficaram mais tempo em casa; muitas delas perceberam a necessidade de um novo imóvel para atender a nova rotina da família.
Outro fator que impactou positivamente o setor imobiliário foi a queda da taxa básica de juros Selic que, em setembro de 2020, atingiu a mínima histórica de 2%, o que tornou mais acessível o financiamento imobiliário.
O cenário despertou o interesse de construtoras, consumidores e investidores. Mesmo com o aumento da Selic, o mercado segue aquecido.
Fatores de valorização do imóvel
Paralelamente, quem não estava preparado para comprar uma residência durante a fase mais crítica da pandemia da Covid-19 tentou adaptar o lar para os novos hábitos da família por meio de reformas.
Reformar um imóvel contribui para a sua valorização no mercado. Segundo informações publicadas pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), a localização, a infraestrutura e a documentação estão entre os principais aspectos que interferem no potencial de valorização de uma residência.
Quando a construção está localizada em uma área que dispõe de uma rede de comércio e serviços, ela é mais valorizada. O mesmo acontece quando o apartamento ou a casa oferece uma infraestrutura mais completa com relação à segurança, como portaria 24 horas, e à comodidade, como elevador, garagem, varanda, piscina e área de lazer.
Estar com a documentação em dia também é fundamental. Propriedades com dívidas, que estão em processo de regulamentação ou em meio à disputa judicial enfrentam forte desvalorização.
Além disso, o estado de conservação do imóvel e a possibilidade de o novo proprietário realizar mudanças interferem no valor de mercado.
Este conteúdo foi originalmente publicado em: