Preço do aluguel sobe 1,29% em maio e segue acima da inflação; veja preço por capital

Índice FipeZap afirma que alta atual é motivada pelo avanço do mercado de trabalho em 2022 e também pela inflação mais alta

O preço médio dos aluguéis de imóveis no país subiu 1,29% em maio, segundo o índice FipeZap divulgado na última quinta-feira, 15. O avanço representou uma discreta desaceleração frente ao resultado de março (+1,75%) e abril (1,68%). A variação superou a inflação registrada no período pelo IPCA (0,23%), assim como o resultado mensal do IGP-M/FGV (-1,84%).

Dentre as 25 cidades que integram o cálculo do Índice FipeZAP+ de Locação Residencial, 24 tiveram alta, incluindo as 11 capitais incluídas nesse rol: Florianópolis (+3,65%); Goiânia (+3,42%); Brasília (+1,87%); Rio de Janeiro (+1,66%); Porto Alegre (+1,51%); São Paulo (+1,20%); Curitiba (+1,01%); Fortaleza (+1,00%); Belo Horizonte (+0,85%); Recife (+0,16%); e Salvador (+0,15%).

Pedro Tenório, economista do FipeZap+, explica que existe uma tendência natural de desaceleração dos preços de locação, uma vez que a forte alta atual é motivada pelo avanço do mercado de trabalho em 2022 e também pela inflação mais alta, dinâmicas para as quais não projetamos repetição em 2023.

“O movimento de menor aumento em maio se encaixa dentro dessa desaceleração natural do aluguel. O movimento ainda é incipiente, pois o mercado de trabalho surpreendeu positivamente até agora em 2023, refletindo o PIB acima do esperado no 1º trimestre, o que tem prolongado o aquecimento no mercado de locação.

A perpectiva para os próximos meses é que a tendência é do aumento do aluguel, embora ainda em terreno positivo, continue caindo, ou seja, que os preços de locação aumentem em ritmo menor nos próximos meses. Ele acrescenta que a questão é a velocidade desse ajuste uma vez que as condições externas positivas têm impulsionado o setor agropecuário, o que aquece a economia e o mercado de trabalho. “Melhores condições externas e desempenho deste setor implicam em uma desaceleração mais lenta e longa, enquanto piores condições, serão refletidas em piora do mercado de trabalho e desaceleração mais forte do aluguel.”

Em 2023
No ano, o preço do aluguel residencial acumula alta de 7,76%, superando nesse recorte temporal a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+2,95%), assim como a variação acumulada pelo IGP-M/FGV (-2,58%).

Todas as 25 cidades monitoradas registraram alta nos preço no ano, incluindo as 11 capitais supracitadas: Goiânia (+22,89%); Florianópolis (+21,61%); Fortaleza (+12,31%); Rio de Janeiro (+10,76%); Belo Horizonte (+9,47%); Curitiba (+8,45%); Salvador (+6,85%); São Paulo (+5,84%); Brasília (+4,84%); Porto Alegre (+4,15%); e Recife (+3,36%)

12 meses
Em 12 meses, o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial acumulou uma alta nominal de 16,52%, resultado que supera as variações dos índices de preço da economia brasileira: IPCA/IBGE (+3,94%) e IGPM/FGV (-4,47%).

Todas as 25 cidades registraram alta nos preços de locação residencial, incluindo as 11 capitais anteriormente mencionadas: Florianópolis (+37,83%); Goiânia (+36,98%); Fortaleza (+22,35%); Curitiba (+21,45%); Rio de Janeiro (+20,22%); Belo Horizonte (+18,46%); São Paulo (+14,37%); Porto Alegre (+12,93%); Recife (+10,94%); Brasília (+10,68%); e Salvador (+9,68%).

Preço médio
O levantamento apontou ainda que, com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais disponibilizados para aluguel em maio de 2023, o preço médio calculado para as cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ foi de R$ 34,98/m².

Entre as 16 capitais incluídas nesse rol, São Paulo apresentou o preço médio de locação residencial mais elevado (R$ 48,23/m²). Em seguida, destacaram-se: Florianópolis (R$ 47,44/m²); Recife (R$ 43,94/m²), Rio de Janeiro (R$ 41,70/m²) e Brasília (R$ 38,19/m²).

Em contraponto, as capitais monitoradas com menor valor de locação residencial na última apuração mensal foram: Fortaleza (R$ 26,12/m²), Porto Alegre (R$ 28,97/m²), Salvador (R$ 31,49/m²) e Goiânia (R$ 32,29/m²).

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