O preço médio do aluguel de studios de um quarto e microapartamentos em São Paulo chegou a R$ 53,32 pelo metro quadrado e bateu recorde no mês de novembro. É o sexto mês consecutivo de alta para imóveis do tipo, reforçando o cenário de aquecimento do segmento na capital paulista.
Conforme o Índice QuintoAndar de Aluguel, divulgado nesta quinta-feira, 8, o maior preço negociado até então havia sido registrado em março de 2020, antes da pandemia de covid-19, quando o valor médio alcançou R$ 52,58. Nos últimos 12 meses, o valor médio do metro quadrado dos apartamentos de um quarto subiu 18,8%.
O preço registrado em novembro deste ano é o maior da série histórica do indicador, monitorado desde junho de 2019. Vinicius Oike, economista do QuintoAndar, considera que o patamar alcançado pelas residências compactas consolida a recuperação do mercado imobiliário paulistano das perdas da pandemia.
De acordo com ele, somente os apartamentos de um quarto ainda não haviam se recuperado de todas as perdas do período pandêmico. “Muitas pessoas voltaram a morar perto do trabalho e de locais com fácil acesso ao transporte público nos últimos meses”, acredita.
Valorização
Os dados mostram valorização dos imóveis menores acima dos demais nos últimos 12 meses. Enquanto, no período, as residências de até um quarto ficaram 18,8% mais valorizadas, os imóveis com dois e três quartos subiram 13,5% e 12,7%. “O valor do metro quadrado (de um quarto) é mais elevado, mas o valor médio desses imóveis é menor, o que ajuda na atratividade”, conta Oike.
Aluguel em alta
A demanda crescente por todos os tipos de apartamentos reflete no valor médio cobrado por metro quadrado em São Paulo. O Índice do QuintoAndar registrou no último mês a 16ª alta consecutiva do setor, com avanço de 0,55%. O valor médio está em R$ 41,93 – o maior patamar desde 2019. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 16,5%.
“Não significa, porém, que os contratos fechados estejam acompanhando essa alta na mesma medida. Ou seja, ainda há espaço para negociar e conseguir um desconto na hora de fechar negócio”, diz o economista do QuintoAndar. Dados da empresa mostram que os preços dos contratos foram 10,06% menores que os dos anúncios.