Muitos imóveis em construção e apartamentos de milhões: Por que SP tem mercado tão aquecido?

Imóveis estão sendo construídos por todas as partes de SP; diversa, cidade tem demanda alta, diz executivo de construtora

Quem anda por São Paulo deve se perguntar se tem demanda para a quantidade de imóveis sendo construídos ou que ainda serão levantados na capital paulista.

Segundo um estudo recente da Lello Condomínios, a maior cidade do país receberá até o fim deste ano quase 50 mil novos apartamentos, resultando em 580 novos condomínios residenciais.

O levantamento, feito a partir da divulgação de projetos lançados por construtoras e incorporadoras, aponta que esse número poderá chegar a 1,7 mil até 2025 após a revisão do plano diretor da capital paulista (veja as mudanças aqui).

Empreendimentos estão sendo construídos em diferentes regiões da cidade e voltados para diferentes públicos. Desta forma, o estudo da Lello mostra que a maioria das unidades lançadas é de alto padrão – com mais de 100 metros quadrados.

Imóveis de alto padrão em alta
Dito isso, em breve, às margens da avenida 23 de maio, no bairro Paraíso, serão construídas duas torres e cada apartamento custará a bagatela de R$ 7,5 milhões.

Os imóveis terão 280 metros quadrados e deverão ser entregues no primeiro semestre de 2026. A obra é da joint-venture entre a incorporadora Eztec (EZTC3) e a construtora Adolpho Lindenberg.

Além da localização, próximo ao Parque Ibirapuera, o futuro morador do empreendimento pagará por um combo de bem-estar sem sair do condomínio, com quadras, spa, academia, salão de festas, uma grande piscina, entre outros espaços e serviços.

Quem compra tanto apartamento em São Paulo?
O diretor financeiro e de relações com investidores da Eztec, Emílio Fugazza, avalia que o mercado imobiliário em São Paulo é diferente das demais capitais e grandes cidades.

“Aqui, tem uma característica muito distinta de outras cidades. Quando você olha outros lugares, você tem melhor determinado o que é um lugar de alta renda, de média e de baixa renda. Em São Paulo, isso foi diminuindo com o tempo. É uma cidade muito diversa”, comenta em entrevista ao Money Times.

Apesar dos inúmeros imóveis em construção, residenciais ou comerciais, o executivo chama a atenção para a falta de terrenos na capital paulista, um dos grandes desafios para as construtoras. Contudo, pelo tamanho da cidade, ele cita que há vários “bolsões de riqueza”, em diferentes regiões.

“Por exemplo, o morador de um bairro da zona norte da cidade não quer morar em Moema. Ele quer continuar naquela região. Ao contrário de outras cidades, o paulistano se muda muito. É um mercado que não fica parado”, observa.

Fugazza também fala sobre a diversidade do público, de modo que a cidade recebe muitos compradores de imóveis de fora da cidade e do estado de São Paulo.

“Reitero que aqui há um movimento de mercado muito diferente. Nós vendemos unidades para pessoas de fora daquela região de São Paulo ou do estado. Tem gente que é do interior de São Paulo, mas passa a semana na capital. Daí, tem seu imóvel”, pondera.

Além disso, o executivo da Eztec observa que as regiões vão se transformando ao longo dos anos, como aconteceu com Pinheiros nas duas últimas décadas. Sendo assim, cria-se novos públicos.

“Quem compra apartamento no bairro Moema? É quem não mora em Moema. É uma cidade muito dinâmica. Por isso, tem demanda para tantos imóveis sendo construídos”, ressalta.

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