Linha 6-Laranja será aberta parcialmente em 2026, diz governo

Em discurso durante chegada do tatuzão sul à estação SESC-Pompeia, governador Tarcísio de Freitas assumiu atraso no projeto

Em seu discurso no canteiro de obras da estação SESC-Pompéia nesta quarta-feira (31), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) trouxe boas notícias como a extensão de 5 km e seis estações da Linha 6-Laranja. Mas o mandatário também admitiu que o ramal em construção deverá abrir apenas em 2026 e parcialmente.

“Em 2026 vamos ter parte dessa linha operando, transportando pessoas“, disse Tarcísio pouco antes de confirmar a extensão do ramal, que hoje possui 15,3 km em construção.

Inicialmente, a meta da Acciona, que constroi a linha, era abrir as estações no final de 2025, mas no comunicado enviado nesta quarta-feira, a empresa e a concessionária LinhaUni não citam um prazo para conclusão.

A opção por abrir parcialmente a Linha 6-Laranja existe em contrato. Basta para isso que o trecho esteja conectado ao restante da malha metroferroviária. Essa hipótese envolve abrir uma extensão que inclua a estação Água Branca, onde haverá conexão com as linhas 7-Rubi e 8-Diamante.

Ao mesmo tempo será preciso que os túneis sejam abertos até o futuro pátio Morro Grande, onde os trens fornecidos da Alstom serão mantidos e local também do CCO da Linha 6.

A nova previsão do governo pode ter sido influenciada por dois fatores, o atraso nas escavações dos dois tatuzões, por conta do alagamento ocorrido em fevereiro de 2022, e as descobertas arqueológicas no subsolo de onde será construída a estação 14 Bis. Além disso, há um poço de ventilação, o VSE Almirante Marques, na Rua Ulisses Paranhos, 78, que não foi iniciado ainda.

Batismo da tuneladora norte
A LinhaUni prevê que a tuneladora sul deva chegar em sua próxima estação, Perdizes, em outubro. O trecho, de cerca de 820 metros, é praticamente uma linha reta em relação à SESC-Pompeia e se mantiver o bom ritmo da última etapa, ele pode ser vencido em pouco mais de dois meses. Tudo dependerá do tempo necessário para arrastar o tatuzão de 2 mil toneladas para o novo emboque e da necessidade de serviços de manutenção na máquina, sempre realizados durante as paradas nas estações.

Tarcísio ainda prometeu comparecer à chegada da outra tuneladora (Tatuzão Norte) na estação João Paulo I, aguardada para meados de julho. Segundo ele, será feito o batismo da máquina, que segue sem homenagear nenhuma personalidade, ao contrário da tuneladora sul “Maria Leopoldina”.

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