Imóveis residenciais ficaram 15,06% mais caros em 2022

Levantamento da Abecip também mostra que no último mês de dezembro a variação foi de 1,05% nas dez capitais analisadas

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou, na última segunda-feira (23), a atualização do seu Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário (IGMI-R). O levantamento mostra que, em dezembro último, os valores dos imóveis residenciais cresceram 1,05% nas dez capitais pesquisadas (desaceleração frente ao percentual de 1,46% registrado em novembro). Já no acumulado de 2022, o aumento nos preços foi de 15,06%.

Em sua análise dos dados, a Abecip indica que, no ano passado, a variação dos valores dos imóveis foi significativa — considerando como base para comparação a alta de 5,79% no Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA).

A entidade lembra, ainda, que 2022 foi o terceiro ano seguido em que o IGMI-R foi superior ao IPCA. A novidade é que ano passado foi a primeira vez em que todas as capitais pesquisadas tiveram variações acima do IPCA.

Por capital, o crescimento no IGMI-R em 2022 foi:

• Brasília – 16,77%
• Salvador – 16,62%
• Curitiba – 16,31%
• Goiânia – 15,99%
• São Paulo – 14,85%
• Rio de Janeiro – 13,34%
• Fortaleza – 12,91%
• Belo Horizonte – 12,58%
• Porto Alegre – 12,36%
• Recife – 10,27%

ANÁLISE

Para a Abecip, ao longo de 2022, o desempenho nos preços dos imóveis residenciais refletiu o aquecimento do mercado — que observou uma alta na quantidade de lançamentos e de financiamentos nas principais capitais brasileiras. Porém, alguns indicadores apontam para um desaquecimento nos últimos meses do ano passado, e a expectativa para 2023 é incerta.

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