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Setor de imóveis pode passar por uma retomada vigorosa com queda da taxa Selic e mudanças de perfil do consumidor
O mercado de imóveis no Brasil apresenta um cenário otimista com base nos resultados das empresas de capital aberto no primeiro trimestre deste ano, principalmente, aquelas focadas em propriedades com viés mais econômico, como prevíamos no início do mandato do novo governo.
Com a possibilidade de queda na taxa básica de juros (Selic) e as mudanças no perfil dos consumidores, isso pode representar uma nova retomada vigorosa do setor.
Setor de imóveis e seus desafios
O grande desafio é que, além da queda na taxa de juros, haja novas frentes de recursos ao financiamento imobiliário. Nesses três primeiros meses do ano, por exemplo, dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) mostram uma evasão da poupança de mais de R$ 41 bilhões.
No entanto, esse valor soma-se ao fato de 2022 ter terminado com uma queda de 11,8% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Com a possível redução da Selic, que tem impacto direto nas taxas de juros dos financiamentos, a expectativa é de que o setor imobiliário volte a crescer. Sendo assim, que ele atraia ainda mais investidores graças ao momento volátil que o mercado de capitais e outros segmentos vem apresentando neste início de ano.
Além disso, as mudanças no perfil dos consumidores têm impulsionado a demanda por unidades compactas e comodidades presentes no local de moradia.
Mudanças de perfil de compradores
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira tem crescido em ritmo acelerado, mas a média de moradores por domicílio tem diminuído.
Porém, esse cenário tem impulsionado a procura por imóveis menores e bem localizados, que foi a aposta do setor nos lançamentos dos últimos anos, o que pode se caracterizar como uma oportunidade de investimento.
Outro fator que poderá impulsionar o mercado é a valorização dos imóveis, que tem se mantido estável mesmo em meio ao cataclisma econômico mundial.
Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que o preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais novos em São Paulo cresceu 4,8% em 2022 na comparação com o ano anterior. Entretanto, diante desses dados, é possível ver um cenário positivo para o mercado imobiliário brasileiro.
Contudo, uma eventual queda na taxa Selic pode impulsionar ainda mais o setor, que se adapta às mudanças e às demandas dos consumidores, oferecendo oportunidades de investimento em um mercado sólido e seguro num período de incertezas.
Historicamente, esse mercado de imóveis acaba sendo uma opção inteligente e estratégica para diversificar a carteira de investimentos e de proteção de patrimônio.
Com isso, minha visão é que ainda há boas oportunidades que podem ser aproveitadas antes de, caso os juros de fato abaixem, o mercado retome seu crescimento e os preços voltem a se recuperar.
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