Aumento de aluguel residencial: alta de 16,55% em 2022

Em 2022, o retorno do aluguel residencial foi de 5,14%

O ano de 2022 viu o maior aumento de aluguel residencial dos últimos 11 anos. O preço da locação de imóveis residenciais subiu 16,55% — média quase três vezes maior que os principais índices de inflação do país.

Confira o balanço do aumento de aluguel nas principais cidades brasileiras e algumas dicas de como atuar como corretor ou corretora no atual contexto do mercado imobiliário.

Balanço do aluguel residencial em 2022
Baseado nos anúncios de imóveis dos portais ZAP+, todas as 25 cidades pesquisadas pelo Índice FipeZAP+ apresentaram aumento real no preço dos aluguéis residenciais nos últimos 12 (doze) meses.

Esse é o maior resultado de aumento anual registrado pelo índice desde 2011, quando foi registrado aumento médio de 17,30%.

Com alta de 16,55%, a taxa de aumento do aluguel residencial chama a atenção por ser muito acima da inflação.

O IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), também conhecido como “inflação do aluguel”, fechou o ano com alta de 5,45%; enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), recentemente adotado como principal índice de reajuste de aluguel, registrou aumento de 5,79% em 2022.

Ou seja, descontando a inflação, o preço médio para locação residencial ainda subiu cerca de 10% em 2022.

Aumento do aluguel em 2022 e rentabilidade
Em 2022, o retorno do aluguel residencial foi de 5,14%, percentual um pouco mais baixo que a projeção de ganho para aplicações financeiras nos próximos 12 (doze) meses.

Considerando as 11 capitais analisadas pelo FipeZAP+, as cidades com maior taxa de rentabilidade de aluguel são:

Recife, com 6,81% ao ano;
Salvador, com 5,99% ao ano;
São Paulo, com 5,37% ao ano.
Sendo que São Paulo e Recife são, respectivamente, a segunda e a terceira capitais com o metro quadrado mais caro para locação de imóveis no Brasil.

Cidades com maior aumento de aluguel residencial em 2022
Durante o ano de 2022, a média de aumento de aluguel foi de 16,55%, mas algumas capitais viram os preços subirem muito mais. Confira o top 03:

Goiânia – GO: aumento de aluguel de 32,93% (preço médio de R$26,09/m²)
Florianópolis – SC: aumento de aluguel de 30,56% (preço médio de R$38,81/m²)
Curitiba – PR: aumento de aluguel de 24,47% (preço médio de R$29,62/m²)
Quando analisamos o preço médio de locação de imóveis residenciais, o metro quadrado ficou em R$36,65, mas algumas cidades têm um valor mais alto – como é o caso das top 03 cidades com maior preço médio de locação residencial:

Barueri – SP: R$50,56/m² – aumento de 23,27% em 2022
São Paulo – SP: R$45,50/m² – aumento de 14,63% em 2022
Recife – PE: R$41,68/m² – aumento de 17,07% em 2022
Além das capitais, vale um destaque para São José, em Santa Catarina. A cidade registrou o maior aumento percentual no valor de aluguéis no Brasil (42,41%), média de R$34,72/m².

No índice de venda de imóveis, ela também apareceu no ranking das 10 cidades brasileiras onde os imóveis mais valorizaram em 2022 e registra preço médio de R$5.837/m².

Com o aumento de aluguel em 2022, como lidar com clientes?
Com a alta histórica no preço dos aluguéis residenciais, é importante que corretores de imóveis estejam aptos a lidar com locadores e locatários.

Entender o contexto de ambos para propor soluções benéficas às partes será essencial para profissionais fecharem mais negócios.

Para isso, separamos três dicas:

1. Mostre que está atento ao mercado imobiliário
Saber como explicar o reajuste de aluguel envolve estar atento à Taxa Selic e aos principais índices da inflação.

Como corretor de imóveis, mostrar que compreende as tendências do mercado imobiliário é extremamente importante para passar confiança aos clientes.

2. Saiba analisar a rentabilidade do aluguel
A rentabilidade do aluguel é a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda e serve para orientar possíveis compradores e atuais locadores de imóveis.

Essa taxa mede o retorno do aluguel, em especial, na comparação com o investimento em aplicações financeiras e é muito útil no processo de argumentação e negociação entre as partes envolvidas.

Essa análise pode incentivar a compra de imóveis em cidades com alta rentabilidade ou até aconselhar sobre o melhor momento para investir.

3. Invista em técnicas de negociação
A tecnologia imobiliária está cada vez mais potente, mas algo que ela nunca irá substituir é a conexão humana e a capacidade argumentativa do corretor de imóveis.

Por isso, o atual cenário do mercado imobiliário brasileiro pede que corretores e corretoras invistam em aprimorar suas técnicas de negociação.

E isso pode ser feito de diferentes formas, desde filmes sobre negociação, livros sobre comunicação até cursos de aprofundamento.

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