Aumento de vendas, mas ritmo lento. Esse é o cenário quando o assunto é mercado imobiliário. De acordo com o Sindicato Patronal da Habitação (Secovi-SP), o setor se mostra resiliente.
Ely Wertheim é diretor-executivo da instituição e diz que a expectativa é que o ritmo de compra e venda aumente em breve. “A taxa de juros não vai subir. Ela pode não descer na velocidade que gostaríamos, mas subir ela não vai. Então a tendência a partir do ano que vem, com cenário de juros mais razoáveis, a gente espera uma tendência muito forte”, diz o diretor.
O poder aquisitivo do paulistano diminuiu. Com a inflação alta, o sonho da casa própria fica mais difícil. Esse levantamento aponta que o segmento de estúdios, lofts e apartamentos de um quarto só estão entre os mais vendidos.
Guilherme Werner, sócio consultor em uma empresa de pesquisa e negócios com atuação nacional em mercado imobiliário, destaca a procura por imóveis pequenos.
“Aproximadamente, nos últimos 12 meses, mesmo sendo um produto que, originalmente, foi destinado a investidor, […] a gente vê que esse tipo de produto, dos apartamentos compactos, foi responsável por 30% das vendas da cidade de São Paulo nos últimos 12 meses”, explica Werner.
Dados do Secovi-SP apontam que a cidade contava com um total de 1.425 empreendimentos residenciais e 66 comerciais disponíveis para venda em fevereiro de 2023.
O levantamento mostra ainda que, por causa da alta procura, o padrão compacto apresenta menor disponibilidade.