O mercado imobiliário foi um dos poucos setores que performou positivamente durante 2020 e 2021, contribuindo para novos lançamentos e juros mais baixos. Com a inflação, o aumento dos juros e a queda da renda, o desafio atual é manter um cenário de crescimento mesmo diante de um panorama de crise menos otimista, mas mesmo assim aquecido.
Dados do Índice do QuintoAndar mostraram que, na cidade de São Paulo, os preços do aluguel bateram recorde durante o mês de julho, atingindo a média de R$ 40,22 por m², sendo os maiores valores registrados desde 2019. A alta foi de 0,3% em relação ao mês anterior, e quando comparamos com 12 meses atrás o aumento salta para 15%.
As zonas centro-oeste e centro-sul foram as mais impactadas, com 13,6% e 5,3% de acrésimo respectivamente. O que chama atenção também é a valorização de studios e microapartamentos de até dois quartos, que são os mais caros para morar. Para esses, a média do aluguel fica em R$ 50,23/m², enquanto para três quartos, o preço já abaixa para R$ 30,54/m².
Porém, mesmo com a valorização, o relatório enfatiza que existe uma diferença entre os preços anunciados e contratados, que chega a 3,9%, sinalizando que existe margem para negociações e descontos.
Em São Paulo, os bairros mais caros e seus preços são:
1. Vila Olímpia – R$ 66,60/m²
2. Pinheiros – R$ 57,10/m²
3. Santo Amaro – R$ 56,30/m²
4. Brooklin – R$ 50,20/m²
5. Itaim Bibi – R$ 49,70/m²
6. Vila Nova Conceição – R$ 48,50/m²
7. Moema – R$ 47,70/m²
8. Vila Madalena – R$ 47,20/m²
9. Campo Belo – R$ 47,10/m²
10. Consolação – R$ 45,80/m²
Enquanto isso, os bairros que mais valorizaram nos últimos seis meses foram Bom Retiro, Pinheiros, Vila Romana, Chácara Inglesa e Butantã. Ao contrário de locais como Real Parque, Liberdade, Morumbi, Centro e Jardim Anália Franco, que foram as regiões que mais desvalorizaram.
Ademais, a diferença entre a região mais valorizada e mais desvalorizada da cidade – centro-oeste e leste, respectivamente –, estão em R$ 6.411,80 por metro quadrado.